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18/12/2015

Secretaria de Administração

Vigilância Ambiental em Saúde pede apoio da comunidade no combate ao borrachudo

Arroios e riachos contaminados por dejetos e uso incorreto ou exacerbado de agrotóxicos são alguns dos motivos...

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A Secretaria de Saúde e Assistência Social, por meio da Vigilância Ambiental em Saúde de Nova Petrópolis, solicita o apoio da comunidade no controle de simulídeos. Esta época do ano é favorável para o desenvolvimento do borrachudo e o principal fator pela grande incidência deste inseto é o desequilíbrio ambiental.

“Além do combate realizado pelo Município através da aplicação de Bti, inseticida biológico aplicado nos cursos d´água, é preciso a participação da comunidade em realizar o manejo do meio ambiente. Arroios e riachos contaminados por dejetos, fezes de animais e esgotamento sanitário, falta de mata ciliar nos córregos, uso incorreto ou exacerbado de agrotóxicos prejudicam o ambiente e o combate aos borrachudos”, declarou o coordenador do programa de controle do borrachudo em Nova Petrópolis, Rafael Altreiter.

As atividades para o controle de simulídeos apresentam certa complexidade devido ao desenvolvimento do borrachudo se dar em arroios e riachos de água corrente, sendo possível somente o controle com biolarvicidas na fase larval do inseto. Este trabalho deve ser realizado por equipe treinada seguindo a metodologia adequada. Em Nova Petrópolis o controle de simulídeos é realizado continuamente por servidores públicos. Atualmente,  quatro funcionários e dois veículos são destinados somente a este serviço.

Parecer Técnico informação aos municípios sobre controle de simulídeos, emitido em 17 de dezembro de 2015, pela Coordenadora do Programa Estadual de Controle do Simulídes e Chefe da Divisão de Vigilância Ambiental do CEVS, Lucia  Sagot, diz que:

O Programa Estadual de Controle do Simulídeo tem como objetivo apoiar tecnicamente os municípios que apresentam ataque deste inseto.

O Programa é voltado para ações de manejo ambiental, controle mecânico e em último caso, de forma a complementar, é indicado o controle biológico com utilização de Bacillus thuringiensis variedade israelenses (Bti).

Havendo necessidade da utilização do Bti, esta ação deve ser realizada por pessoal capacitado com coordenação técnica.

A aplicação do Bti requer condições adequadas que ficam sujeitas as condições do ambiente e a condições climáticas.

Em condições de contaminações orgânica elevada é desaconselhável a utilização do Bti já que seu efeito será reduzido sobre as larvas dos borrachudos.

Outra situação que deve ser considerada e bem avaliada são os períodos chuvosos  que impedem a aplicação do Bti e por consequência a quebra do ciclo de desenvolvimento do inseto.

Em situações em que ocorre chuvas constantes e a impossibilidade do controle entomológico utilizando Bti, o Programa Estadual recomenda que sejam realizados controle mecânico com apoio da comunidade, como mutirões de limpeza de lixo e entulho dentro dos riachos, retirada de larvas e pupas mecanicamente dos riachos.

Em períodos chuvosos é comum o surgimento de pequenos córregos de água temporários. Isto tem se verificado em inúmeros municípios do Rio Grande do Sul e exige que as equipes municipais e a população estejam atentas a esta  provável situação. Nestes pequenos córregos de água, na maioria das vezes,  não é possível utilizar o controle com biolarvicida, sendo indicado o controle mecânico.

Por todas estas razões, é importante considerar:

1º A impossibilidade de utilizar Bti em situações de chuvas constantes;

2º A necessidade de observar o ambiente e identificar onde estão os criadouros do inseto que neste período se deslocam dos riachos onde usualmente são encontrados para pequenos córregos temporários;

3ª Épocas chuvosas também favorecem a constante saída de águas superficiais de açudes que ficam muito cheios e transboram, podendo formar prequenos córregos de água e se transformar em criadouros.

 

 


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