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24/05/2021

Secretaria de Saúde e Assistência Social

Secretaria de Saúde alerta para a necessidade de vacinação contra a febre amarela e prevenção da dengue

No último mês, exames laboratoriais confirmaram a presença das duas doenças no Município

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A Secretaria Municipal de Saúde e Assistência Social de Nova Petrópolis reforça o alerta por medidas preventivas contra a febre amarela e a dengue. Nas últimas semanas, exames laboratoriais confirmaram um caso positivo de dengue em um morador e a existência do vírus da febre amarela em um bugio encontrado morto no Município. No caso da dengue, a prevenção ocorre através da eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti em zona urbana. No caso da febre amarela, a melhor forma de prevenção é a vacina, disponível em todos os postos de saúde.

O bugio contaminado foi encontrado morto no dia 1º de maio por caminhantes que realizavam trilha entre a Linha Temerária e o Ninho das Águias. O grupo imediatamente informou a Vigilância Ambiental em Saúde, que procedeu a coleta de material biológico e encaminhou para análise.

Com a confirmação laboratorial de morte do primata não humano (PNH) pelo vírus amarílico, Nova Petrópolis passa a ser considerada área afetada para a febre amarela silvestre. Desde 2009, o Rio Grande do Sul não registrava a circulação do vírus amarílico. Contudo, em 28 de abril de 2021 a Secretaria Estadual de Saúde declarou Emergência de Saúde Pública de Importância Estadual (ESPIE), em decorrência da confirmação da circulação do vírus da febre amarela no Estado. Até o momento 23 municípios registraram a morte PNH pelo vírus.

A Secretaria de Saúde de Nova Petrópolis já vem desenvolvendo ações prioritárias contra a febre amarela, como o monitoramento das populações de primatas, a verificação e aumento da cobertura vacinal na população e identificação de munícipes suspeitos de febre amarela. Divulgação nas mídias, busca ativa “casa a casa” e “Dia D” de vacinação são estratégias que estão sendo programadas para intensificar a vacinação.

Os bugios são afetados pela doença da mesma forma que os humanos. Eles não transmitem a febre amarela e sua morte pode preceder a ocorrência de casos em humanos. O vetor da doença no Rio Grande do Sul é Haemagogus leucocelaenus, espécie nativa de mosquito, de ampla distribuição nas áreas silvestres e não passível de controle. Pessoas que adentram matas e não estão vacinadas estão sob maior risco. A melhor forma de prevenção da doença é através da vacina que pode ser encontrada nas Unidades Básicas de Saúde. 

VACINAÇÃO CONTRA A FEBRE AMARELA
Crianças de até 5 anos incompletos devem tomar uma dose da vacina contra a febre amarela a partir dos 9 meses de idade e uma dose de reforço aos 4 anos de idade.  

Crianças de 5 anos, ou mais, que já receberam a vacina antes dos 5 anos, devem receber o reforço, mas com intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. Quem teve a primeira dose da vacina administrada com mais de 5 anos de idade já é considerado vacinado. 

Pessoas não vacinadas ou sem comprovante de vacinação recebem a dose única da vacina. Pessoas com 60 anos ou mais, que nunca foram vacinadas ou sem comprovante de vacinação devem passar por avaliação médica antes de receber a imunização.

CASO POSITIVO DE DENGUE EM MAIO

Também em maio ainda, Nova Petrópolis registrou o primeiro caso de dengue. Trata-se de morador do bairro Pousada da Neve, que se encontra bem e já passou pelo período de viremia.

As medidas de ação contra o Aedes aegypti são mantidas constantemente pela Secretaria de Saúde. As atividades concentraram-se principalmente na orientação a comunidade e eliminação de criadouros.

Atualmente são sete agentes de campo, que inspecionam mais de 6.000 imóveis em área urbana a cada dois meses. No caso específico do Pousada da Neve, os agentes retornaram ao bairro e fizeram um intensivo de vistorias em um raio de 150 metros da residência.

Nova Petrópolis é infestada desde abril de 2018 pelo mosquito vetor da dengue, da chikungunya e do zika vírus. O mosquito Aedes aegypti também é o responsável pelo ciclo urbano da febre amarela, mas esta forma de transmissão está erradicada desde 1942. Porém, sua reurbanização não pode ser descartada.

“A eliminação de criadouros ainda é a melhor forma de combater o Aedes aegypti. Por ser um mosquito doméstico, a participação da população no seu controle é fundamental. Uma vez por semana inspecione seu pátio e elimine qualquer recipiente capaz de acumular água. Não dê chance ao mosquito e vacine-se contra a febre amarela”, afirma o coordenador da Vigilância Sanitária e Ambiental em Saúde de Nova Petrópolis, Rafael Aguiar Altreiter.

PAINEL AEDES

Mensalmente, a Vigilância Ambiental em Saúde divulga os resultados do trabalho. No período compreendido entre fevereiro e março de 2021 foram verificados 6.297 imóveis, sendo identificados 67 focos de criação do Aedes aegypti. O número representa uma leve redução na comparação com o período anterior, quando foram encontrados 69 focos. Mas está acima dos resultados do final de 2020 e início de 2021, quando foram localizados, respectivamente, 10 e 33 focos. 

Na comparação com o período anterior, o número de bairros com focos com mosquito aumentou. Além do Centro (18), Pousada da Neve (16), Piá (6), Logradouro (12), Vila Germânia (5), Juriti (3), Bavária (4) e Recanto do Sossego (2), o Vale Verde teve um foco encontrado. Por isso, neste mês, as placas da campanha de conscientização foram instaladas no Vale Verde. Os bairros BR-116 e Vila Olinda não tiveram focos de criação localizados. 

Nas 201 amostras coletadas havia 1.083 larvas (97 positivas para o Aedes aegypti), 143 pupas (15 positivas) e 44 mosquitos adultos (7 positivos). Nova Petrópolis conta com sete agentes de endemias e um laboratório próprio para a análise das amostras coletadas. 

 

Crédito das fotos: Divulgação/Comunicação PMNP

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